8 de dezembro de 2011

Forum Justiça - Reunião geral 8 e 9 de dezembro

O Fórum Comunitário do Porto convida todos a participarem do “Fórum Justiça – reconhecimento, redistribuição e participação popular: por uma política judicial integradora”, cuja reunião geral vai ocorrer nos dias 8 e 9 de dezembro de 2011, das 9 às 19 horas, na UERJ (auditório 71).

O Fórum Justiça constitui um espaço aberto a movimentos sociais, organizações da sociedade civil e agentes públicos do sistema de justiça para discutir política judicial com participação popular, com ênfase na justiça como serviço público. E foram constituídos vários Grupos de Trabalho (moradia, minorias, gênero, raça etc) que, ao longo dos últimos meses, vem discutindo essa temática.

Mais informações: www.forumjustica.com.br

Participe!

Veja AQUI a programação completa.


15 de novembro de 2011

12 de novembro de 2011

Memória do Negro - Coluna Ancelmo Gois, O Globo

#O Que Está Acontecendo?

Memória do negro
O Globo, Ancelmo Gois, 11/nov

Eduardo Paes anuncia dia 16 a criação de uma espécie de corredor cultural de celebração da memória africana, na Gamboa.
Será formado pelo Centro Cultural José Bonifácio, que abriga o Centro de Documentação e Memória da Cultura Negra; pelo Instituto dos Pretos Novos, antigo cemitério de escravos; pelo Cais do Valongo e da Imperatriz (descoberto há pouco), onde os negros desembarcavam; além da Pedra do Sal, onde moram descendentes de quilombolas.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo

19 de outubro de 2011

Pimpolhos da Grande Rio

#Maravilha

Revista Retrospectiva #1 Pimpolhos da Grande Rio: "...nossos contos... nossas memórias..."




17 de outubro de 2011

Curso Viver na Zona Portuária

Atenção:
 
O novo prazo final para inscrição no curso é 24 de outubro de 2011.


Participem!

O legado da Copa na Africa do Sul

Um ano depois de terem sediado o Mundial de Futebol, sul-africanos contam como sociedade não se beneficiou do evento. Diálogo entre movimentos sociais quer alertar brasileiros para os riscos. 

 

Mais informações em: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15416721,00.html

Um ano depois da Copa do Mundo na África do Sul, movimentos de classe sul-africanos têm um parecer sobre como será o evento no Brasil, em 2014: "Os problemas no Brasil deverão ser muito piores. No caso brasileiro, há despejo em massa, muito dinheiro público sendo gasto. Haverá implicações sérias para a sociedade brasileira em termos econômicos". A advertência é de Eddie Cottle, do Building and Wood Worker´s International (BWI), federação internacional que reúne trabalhadores da construção civil.
Isso não quer dizer, no entanto, que a experiência sul-africana tenha sido livre de incidentes. Cottle, que está lançando um livro sobre o legado da Copa 2010, diz que, embora ainda haja o sentimento de orgulho, a população vive uma grande desilusão. "Sediar um evento esportivo dessa magnitude fez com que as pessoas tivessem expectativas altas. Mas um ano depois, ficou claro que não houve ganhos econômicos de verdade."
No fim das contas, a Copa do Mundo somou apenas 0,3% ao Produto Interno Bruto da África do Sul no ano passado, bem inferior à projeção inicial de 3%. Quando o evento acabou, os trabalhadores sul-africanos voltaram à vida de antes, sem sentir melhorias no cotidiano e sem terem mais oportunidades de emprego. "Ficou claro que a Copa do Mundo era um veículo para o setor privado lucrar", completa Cottle.
Perda de oportunidades
A troca de experiência entre os dois países emergentes acontece em níveis diferentes. Enquanto os governos dialogam numa esfera própria, os movimentos civis dos dois países tentam articular estratégias para que a sociedade também desfrute de benefícios duradouros.
Nesta semana, representantes da BWI, da rede internacional StreetNet (que reúne vendedores ambulantes), brasileiros da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Fase (Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional) além de acadêmicos, se encontram na Alemanha para discutir os ganhos sociais que um acontecimento como o Mundial de Futebol pode trazer.
Nos dois casos, o planejamento para abrigar o evento esportivo terá "custos econômicos inacreditáveis que não são estimados", aponta Norbert Kersting, da Universidade de Münster, que estuda as implicações dos megaeventos. O especialista lembra que os governos sempre colocam muita expectativa de retorno no turismo. "Mas o turismo sozinho não segura uma economia, nós vemos agora os exemplos da Grécia e da Espanha. É preciso ter outros setores produtivos."
Segundo um estudo do governo brasileiro, o país deve receber 600 mil turistas internacionais e arrecadar 3,9 bilhões de reais só com esses visitantes durante o evento. Em 2010, a África do Sul recebeu 373 mil turistas estrangeiros – por outro lado, 483 mil visitantes internacionais estiveram no país em 2007.
Ainda há mais um agravante no caso da África, ressalta Kersting: o potencial de áreas que poderiam se desenvolver, como a têxtil, foi desperdiçado. "Toda a produção de camisas para a Copa 2010 foi feita na China, e não na África do Sul, por exemplo. O país-sede do evento poderia ter produzido os uniformes e a indústria poderia ter usado essa chance para seguir no mercado."
Rumo a 2014
Para dar lugar aos estádios e expansão do sistema de transporte nas cidades-sede no Brasil, famílias estão sendo retiradas de comunidades carentes sem saberem exatamente que futuro as aguarda. "No Morro da Providência, no Rio de Janeiro, antes de as famílias serem despejadas, elas recebem um papel do governo que não tem sequer caráter oficial, dizendo a quantia que irão receber, ou a inclusão de um benefício", conta Rossana Tavares, da Fase.
A arquiteta e técnica da entidade comenta que os atingidos pertencem à classe mais pobre e que, na maioria dos casos, as famílias são despejadas na calada da noite, não sabem a quem recorrer e o caso não aparece na mídia. "Ainda não sabemos exatamente o número de famílias deslocadas. Mas, só no Rio de Janeiro, estimamos que até agora 3000 tenham sido despejadas", comentou Tavares.
Ao mesmo tempo, comitês populares se formam nas cidades atingidas e tentam levar suas reivindicações até os governos. "É esse o caminho. E ganha a briga quem gritar mais forte", comentou Leonardo Vieira, da CUT, dizendo que os trabalhadores estão em constante negociação com setores privados e o governo em busca de melhores condições.
Conta a pagar
As reclamações dos sul-africanos, diz Cottle, não foram ouvidas a tempo. No caso dos custos dos estádios, por exemplo, a população sabia que se tratava de uma bomba-relógio. "Há poucas semanas, o ex-presidente da organização da Copa do Mundo na África do Sul pediu desculpas ao país porque os estádios não são sustentáveis como ele havia previsto no planejamento original", revelou Cottle.
Como resultado, conta o líder da BWI, a administração federal planeja aumentar os impostos para arcar com os custos de manutenção de arenas esportivas. A de Cape Town custou aproximadamente 1 bilhão de reais. "Havia um estádio numa comunidade pobre de trabalhadores. Mas a Fifa não queria uma arena esportiva numa área pobre habitada por trabalhadores. Então um novo estádio foi construído do zero", adicionou Cottle, lembrando que história semelhante foi vista no Brasil.
Autora: Nádia Pontes
Revisão: Roselaine Wandscheer

Curso "Viver na Zona Portuária: história, memória e conflitos urbanos"

#Maravilhas

O Curso "Viver na Zona Portuária: história, memória e conflitos urbanos é uma iniciativa organizada pela FASE e o Programa de Estudos de Trabalho e Política da Faculdade de Serviço Social da UERJ, com o apoio do Fórum Comunitário do Porto, do Instituto Pretos Novos, e do Afoxé Filhos de Gandhi.

De 25 de Outubro a 8 de Dezembro
Instituto Central do Povo

clique na imagem para ampliar



23 de setembro de 2011

A Pequena África - Atenção à verdadeira Cidade do Samba

#O Que Está Acontecendo?

Matéria que saiu hoje, 23/09/2111 no Segundo Caderno do Jornal O Globo
Por Arthur Dapieve














Texto:
A Pequena África: Atenção à verdadeira Cidade do Samba

Certo. Depois de décadas humilhada por más notícias, a cidade está lavando a égua com a sua escolha para sede das Olimpíadas de 2016, com a perspectiva de ser o principal centro da Copa de 2014 e com o retorno do pródigo Rock in Rio, cuja quarta edição carioca começa hoje. Negocia-se, ainda, para que ela sedie três finais consecutivas do ATP World Tour, tira-teima da temporada do tênis, de 2013 a 2015.

Certo. Na área da segurança pública, embora a médio prazo não sejam eficazes se não forem acompanhadas pela ocupação social, as UPPs são a única resposta a até hoje apresentar resultados, tanto práticos quanto na autoestima do Rio. Escrever que fracassaram por causa das recentes escaramuças na Maré, como li em artigo num jornal paulistano, é ou ingenuidade ou má-fé. Ninguém aqui se iludiu com uma vitória final.

Certo. Nem tudo é um mar de rosas também em setores menos traumáticos. O momento trouxe para a cidade uma carestia indecente, e o ufanismo dele decorrente às vezes resvala para um "ame-o ou deixe-o" no qual as críticas soam como heresias, o que cria um ambiente provinciano - e favorável à malversação de verbas públicas. É lícito, porém, que o carioca queira aproveitar a boa fase e deixar todo o passado para trás.

Todo? Errado. Existem passados e passados. O recente deve ser superado, embora não esquecido (para não ser repetido). O distante precisa ser preservado, mesmo se não tiver sido glorioso. A mais nova edição da "Inteligência Empresarial", revista trimestral do Centro de Referência em Inteligência Empresarial da Coppe/UFRJ, editada por Marcos do Couto Bezerra Cavalcanti e coordenada por Luiz Carlos Prestes Filho, levanta uma bola importante nessa hora de renascimento do ufanismo carioca.

O número 35 da publicação reúne artigos e uma entrevista - com a arqueóloga Tania Andrade Lima, do Museu Nacional - que tratam da necessidade de equilibrar desenvolvimento e preservação histórica. O primeiro tende a literalmente passar por cima da segunda, demolindo prédios importantes e redesenhando vizinhanças em nome do progresso de ocasião. Quase sempre sem consultar os habitantes da área afetada.

Os dois grandes protagonistas dessa "Inteligência Empresarial" são o Porto Maravilha e a Pequena África. O primeiro é o projeto lançado em junho de 2009 para a crucial revitalização da zona portuária dos bairros de Santo Cristo, Gamboa e Saúde, projeto inspirado em experiências bem-sucedidas em Barcelona (Port Vell) e em Buenos Aires (Puerto Madero), entre outras. Lá, áreas degradadas foram reurbanizadas, atraíram investimentos e passaram a gerar lucros para a economia das cidades.

Já a Pequena África foi uma área delimitada, grosso modo, pelas atuais avenidas Rio Branco, a leste; Francisco Bicalho, a oeste; por uma linha paralela à Presidente Vargas, quarteirões ao sul dela; e pelo recorte da própria Baía de Guanabara, ao norte. A região tinha esse nome - que soa simultaneamente preconceituoso e carinhoso, numa ambiguidade muito brasileira, aliás - por conta da grande quantidade de negros ali encontrados. Às vezes, de modo permanente: o cemitério de escravos fica na Saúde.

Com a chegada de D. João VI e da corte portuguesa da Europa, em 1808, toda a movimentação do tráfico humano deveria ficar longe dos olhos da elite branca do Rio. Portanto, quando chegavam da África, os escravos passaram a desembarcar no Cais do Valongo, na fronteira norte da Pequena África, e não mais na Praça XV, bem central. Mesmo o Valongo, contudo, acabou sendo soterrado pelas obras do Cais da Imperatriz, por onde desembarcou a princesa Tereza Cristina para o casamento com D. Pedro II.

Tania Andrade Lima vê assim a missão de sua equipe nos 2.000 m² escavados: "Trabalhamos na arqueologia histórica com o propósito de sermos um antídoto contra amnésias sociais, buscando o resgate do que o tempo e a sociedade preferiram ocultar e esquecer. O Cais do Valongo é um exemplo concreto dessa amnésia social." Os negros foram as principais vítimas dessa memória seletiva, mas não os únicos. Em seu artigo na revista, o historiador Milton Mendonça Teixeira lembra que "em toda a extensão do Porto do Rio de Janeiro residiam, majoritariamente, negros, judeus, árabes e ciganos. Pobre e excluída socialmente, essa parcela da sociedade encontrava-se abandonada nesta área e era utilizada pelo poder político e econômico da época como mão de obra barata." O comércio popular da Saara é um resquício vivo dessas outras colônias.

A área correspondente à Pequena África é a verdadeira Cidade do Samba: ainda concentra, segundo os dados da "Inteligência Empresarial", 63 barracões de escolas adultas e mirins - além do próprio Sambódromo, não muito distante de onde ficava a lendária casa da Tia Ciata. Esta há muito foi posta abaixo, mas estão lá, aguardando reforma, preservação e valorização, as casas onde nasceram dois gigantes da cultura carioca, Machado de Assis (no Morro do Livramento) e Ernesto Nazareth (no Morro do Pinto). Compreensivelmente entusiasmado pelo Projeto Porto Maravilha, o poder público tem também o desafio de não ignorar a história do Rio em nome de uma modernidade asséptica. Nenhuma cidade conquista o futuro dando as costas ao passado.


20 de setembro de 2011

Simpósio de Arquitetura High-Low na Cidade do Samba!

#Maravilhas

A AA Visiting School e a Escola de Samba Mirim Pimpolhos da Grande Rio convidam para o Simpósio de Arquitetura High-Low na Cidade do Samba.

O Simpósio “Arquiteturas High-Low” será realizado pela AA Visiting School Rio de Janeiro e pela Pimpolhos da Grande Rio na Cidade do Samba, para introduzir o workshop que irá ocorrer no mês de dezembro com o objetivo de combinar o conhecimento dos artistas do carnaval com técnicas de projetos computacionais, fabricação digital como Grasshopper, Processing e Arduino, além de fresagem CNC e corte a laser. O workshop será realizado dentro do Barracão Escola de Carnaval e irá incorporar técnicas usadas pelos artistas anônimos do carnaval, materiais reaproveitados e novos componentes produzidos pela fabricação digital, tendo como produto final um carro alegórico da escola de samba mirim Pimpolhos da Grande Rio para o Carnaval de 2012. Durante o Simpósio serão feitas demonstrações da máquina de fresagem CNC e de corte a laser, tecnologia que poderá ser muito útil à produção do espetáculo carnavalesco.

ENTRADA GRATUITA

PROGRAMAÇÃO:

14:00h
Introdução Arquitetura High-Low nos Barracões do Carnaval da Região Portuária
Franklin Lee - AA Brazil Visiting School Director

14:30h
Práticas de Produção de Carnaval
Camila Soares e Lívia Diniz – Pimpolhos da Grande Rio

15:00h
Economia do Carnaval
Luiz Carlos Prestes Filho – Núcleo de Pesquisa da Economia da Cultura

15:30h
Palestra Arquitetura High Low
Anne Save de Beaurecueil - AA Brazil Visiting School Director

16:00h
Mesa Redonda
Mediador: Franklin Lee
Palestrantes: Luiz Carlos Prestes Filho, Camila Soares, Lívia Diniz e Anne Save de Beaurecueil

16:30h
Demonstração de Fabricação Digital
Antonio Carlos Giusti - DS4 e Vitor Sardenberg – SUBdV

18:00h
Visita aos Barracões do Carnaval

19:00h
Happy Hour, Barracão da Pimpolhos, Porto do Rio.

MAIS INFORMAÇÕES: http://rio.aaschool.ac.uk/

DATA: 22 DE SETEMBRO DE 2011, A PARTIR DAS 14:00
LOCAL: CIDADE DO SAMBA - Rua Rivadavia Correia 60, Rio de Janeiro




13 de setembro de 2011

11 a 18 de setembro - Evento do Laboratório de Cartografias Insurgentes

Coluna #Maravilhas

Evento do Laboratório de Cartografias Insurgentes – Setembro de 2011

O Laboratório de Cartografias Insurgentes reunirá movimentos contra as remoções e desalojos que vêm sendo ampliadas na cidade do Rio de Janeiro. Pesquisadores, artivistas, comunicadores e movimentos sociais vão se reunir para imaginar e produzir mapas críticos e colocá-los em prática. Além do enfoque regional, o encontro também funcionará como um espaço de experimentações e debates que tratem das reconfigurações da cidade para os megaeventos em outros locais, articulando-se assim como um laboratório em rede (Rio de Janeiro – Amazônia – América Latina) sobre política, estética e cultura. 

Questões pertinentes e de extrema urgência para o Rio de Janeiro são as desocupações e abusos que ocorrem todos os dias em função dos megaeventos esportivos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Já se sabe que a cidade está sendo maquiada para os futuros eventos, mas a violência e o autoritarismo deste processo junto às populações pobres estão sendo escondidos. Neste sentido, desenhar mapas e imaginar cartografias junto aos movimentos de moradia urbana e das favelas ocupadas pode ajudar na contextualização desses conflitos territoriais.




Entendida como uma tática criativa de formações do desejo no campo social, a prática cartográfica nos remete a novos territórios, teorias e práticas. A potência do espetáculo atual que governa o mundo e os sonhos criados para escapar de seu reinado, pode ser anulado se usamos um método que consista em tomar as coisas dos inimigos para montar uma outra coisa, que ajude a combatê-lo. A organização de um novo significado que confira um sentido vivo a cada elemento faz parte da prática artística que ao utilizar diferentes mídias transforma o próprio desejo humano.

De 11 a 18 de setembro de 2011 estaremos reunidos na casa IP em duas etapas:

- De 11 a 16: Pré-lab: oficinas, passeios, eventos de cunho prático.

- Dias 17 e 18: Laboratório de cartografias insurgentes. 



Endereço Casa IP: Rua do Jogo da Bola 24, Morro da Conceição.